Favela do Moinho cercada: tensão e protestos marcam operação nesta quarta (14)

(Foto: Agência Onipressphotos)
Nesta quarta-feira (14), a Favela do Moinho, no centro de São Paulo, amanheceu cercada por viaturas da Polícia Militar e tropas de choque. A única entrada da comunidade foi bloqueada, impedindo a circulação de moradores, manifestantes e até da imprensa. A ação gerou revolta e tensão na região.
A operação ocorre mesmo após o governo federal suspender a cessão do terreno ao Estado. Ainda assim, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) manteve o plano de desocupação e demolição das moradias. A justificativa oficial da PM é o combate ao tráfico de drogas e armas, mas organizações sociais denunciam violações de direitos e repressão a famílias que vivem no local há mais de duas décadas.

Segundo o governo estadual, 90% das famílias aceitaram a proposta de reassentamento, com auxílio-aluguel e promessas de novas moradias. No entanto, moradores e defensores dos direitos humanos questionam a falta de garantias concretas e relatam pressão para que deixem suas casas.
Além dos confrontos, a mobilização tem causado impactos na cidade: linhas da CPTM como a 7-Rubi, 8-Diamante e 10-Turquesa tiveram a circulação afetada por protestos. A Favela do Moinho, última comunidade remanescente na região central de São Paulo, representa não apenas um espaço de moradia, mas também um símbolo de resistência urbana.
A cobertura segue em atualização conforme novos desdobramentos.