Alvinho: o volante que virou paredão e manteve vivo o sonho da Comunidade

Alvinho: o volante que virou paredão e manteve vivo o sonho da Comunidade

(Foto: Reprodução de TV)

Todo time precisa — vez ou outra — de um herói improvável.

No caso da Comunidade Santa Davina, esse herói atende pelo nome de Alvinho.

Volante, meia de origem, desses que marca forte e distribui o jogo, Alvinho protagonizou uma das histórias mais emocionantes da Super Copa Pioneer Netshoes 2025.

Em duelo decisivo — como todos são — na sede Santa Amélia, o Santa Davina vencia por 1 a 0 quando o Sobrenatural de Almeida resolveu dar as caras: o goleiro titular passou mal.

Sem reserva no banco, sobrou uma missão ingrata: alguém teria que vestir a camisa 1.

Alvinho não pensou duas vezes. No alto dos seus 1 metro e 60 e poucos, vestiu as luvas e foi pra debaixo das traves.

O que se viu a partir dali foi coisa de cinema.

Com defesas incríveis, reflexo apurado e uma coragem do tamanho da comunidade que representa, Alvinho segurou a pressão do adversário e, de quebra, viu seu time crescer no ataque no segundo tempo.

Vale lembrar que, quando assumiu a meta, o Santa Davina vencia o R2 Debony por 1 a 0. Logo depois, sofreu o gol de empate em uma cobrança de falta perfeita do camisa 11 adversário — que ainda faria mais um. Mas não foi suficiente pra impedir a vitória épica do Santa Davina.

O jogo terminou em 5 a 2, e o sonho da comunidade segue mais vivo do que nunca.

Agora restam dois jogos: contra Yonder e R100. E o detalhe é importante: o R100 ainda enfrenta o Espada de Ouro, líder do grupo e já classificado. Ou seja, se o Santa Davina vencer seus dois jogos, pode muito bem garantir a classificação.

Só que Alvinho não estava sozinho nessa missão.

Na frente tinha Dê, Renan, Lucas Laje, Messias… uma galera que não deixou o feito do volante-goleiro passar despercebido.

“O futebol tem dessas histórias. Já viu jogadores de linha vestirem luvas e, por um dia, se tornarem lendas.” por Estevão na Várzea-

Agora, Alvinho faz parte desse seleto grupo:
• Caio Ribeiro, em 1999, no Brasileirão, pelo Flamengo contra o Gama (não levou gol e saiu nos braços da torcida);
• Diego Souza, em 2015, pelo Sport contra o Flamengo (levou um, mas impediu a virada no último lance);
• Felipe Melo, em 2012, pelo Galatasaray (defendeu um pênalti e virou ídolo eterno na Turquia);
• Edmundo, em 1998, pelo Vasco contra o Cruzeiro (levou gol, mas só viu sua idolatria aumentar);
• Harry Kane, em 2014, pelo Tottenham na Europa League (falhou, mas o time venceu);
• E até Pelé, em 1959, pelo Santos contra o Comercial, quando virou goleiro após lesão de Lalá.

Histórias que mostram que, no futebol, a coragem também entra em campo.

Alvinho virou mais que goleiro. Virou símbolo. Virou herói. E, acima de tudo, virou memória viva da várzea.

Na SuperCopa Pioneer Netshoes 2025, o Santa Davina ainda sonha.

E esse sonho continua — porque, naquele domingo, um volante decidiu ser goleiro.

E foi, de verdade, herói.

Clique a assista a entrevista de Estevão na Várzea com o Herói Alvinho!

Estevão na Várzea

Colunista Esportivo – Especial Onipress

Guilherme Estevão – Instagram

Redação

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